Quando convidado para a entrevista, o aviso foi dado: “cara, eu falo muito, hein?!”. Com esse bom humor e entusiasmo, André Deko conta um pouco de sua intimidade e de suas preferências também fora do futsal. O carioca da gema, como ele mesmo se apresenta, vive assim, como todos, uma rotina diferente imposta pelas restrições da pandemia. Aproveita para desfrutar de um tempo que na carreira de jogador, geralmente é raro.

André Deko, goleiro do Cascavel na temporada 2020. Foto: Marcos Pi
“Me considero um cara muito família e também sou nerd. Então estou “maratonando” séries no Netflix ou relaxando no meu PS4”, conta direto de Cascavel, onde espera a situação se normalizar para que os treinamentos retornem e as competições reiniciem.
André escolheu a posição de goleiro para seguir carreira. No entanto, garante que não foi pela “seleção natural” que coloca os menos habilidosos embaixo das traves. Bom de bola e de garfo, não abre mão de dividir os momentos com os mais próximos.
“Para mim, comida representa muito, reunir amigos, família. Estar com pessoas importantes para mim se torna muito mais especial com comida junto”, explica o goleiro eclético no gosto gastronômico e musical. Para saber mais detalhes da vida pessoal e profissional de André Deko, confira o bate papo abaixo com o jogador do Cascavel.
Curiosidades de André Deko
Onde nasceu: Eu nasci no Rio de Janeiro, capital, carioca da gema.
O lugar mais bonito que visitou: Eu acredito que seja Orlando/EUA, por tudo que ela representa, e os parques são irados.
Música: Eu curto de tudo um pouco. Escuto de música gospel a AC/DC (risos), pagode, sertanejo, mas não são meus favoritos. Gosto muito do Rappa e Charlie Brown Jr. E escuto muito música lá de fora, Bruno Mars, Justin Timberlake.
Comida: Eu amo comer, sério. E eu como de tudo: comida japonesa, hambúrguer, pizza, um belo churrasco. Para mim, comida representa muito, reunir amigos, família. Estar com pessoas importantes para mim se torna muito mais especial com comida junto. A Ceia de Natal tem um valor muito importante para mim, principalmente, porque eu passo o ano inteiro longe da minha família.
Hobby: Quando estou em casa, o que mais faço é assistir séries e vídeos no YouTube com minha esposa e filhos e, quando estou com um tempo para mim, jogo o meu vídeo game.
O jogo da carreira: Acho que o jogo da carreira para mim foi a semifinal do sul-americano sub 21 pela Seleção. Ganhamos nos pênaltis e eu pude fazer a defesa que nos levou a final que saímos vencedores.
Um jogo para esquecer: Foi no ano de 2018 contra ALAF, que era o clássico da região. Estava jogando machucado e não podia dar passe e nem chutar, mas tomamos dois a zero rápido e querendo ganhar a partida, fui goleiro linha. Só que agravou a lesão e eu tive que ficar de fora por três meses.
Títulos: O título Sul-Americano pela Seleção Brasileira com toda certeza representa muito, tanto pela seleção 21, quanto pela seleção principal. Vencer representando o seu país é incrível. Por clube, o campeonato gaúcho de 2017 tem um valor especial para mim, pelo ano que nós tivemos e a união que nós tivemos como grupo.
Ídolos: Meu ídolo atualmente, no esporte, é o Stephen Curry. Ele não é o mais forte, nem o mais alto, teve um histórico muito grande de lesões no seu início na NBA e no entanto, é o único MVP unânime na história da NBA. Uma capacidade enorme de se reinventar e se adaptar. Para mim, ele é um gênio, um chutador nato e tem uma habilidade incrível.
Ídolo no futsal: É o Tiago Marinho. No ano de 2008 teve o Mundial de futsal no Rio de Janeiro e eu fui em todas as partidas. Na final, ver ele sendo o melhor goleiro do mundo, sendo o terceiro melhor jogador do Mundial, aquilo me marcou muito. E hoje, já tive a oportunidade de jogar com ele e todos os anos a gente se enfrenta também. Isso para a mim é muito gratificante. Tenho ele como um amigo, mas um espelho também.
Sonhos: Quando eu era criança esperava ser jogador de futebol, comecei a minha carreira na linha e não era ruim não (risos). Sonhava em servir à seleção, representar o meu país.
Sonho atual: Poder voltar à Seleção Brasileira e poder dar um conforto a minha família, são eles que me motivam a sempre buscar a minha melhor versão e a querer cada dia ser melhor.