André Sanano FPF

Portugal na reta final de preparação para o mundial. Foto: André Sanano FPF

A Seleção Nacional de Portugal cumpre esta quarta-feira o seu segundo dia de trabalhos naquela que é a sua quarta semana de preparação para o Campeonato do Mundo Lituânia 2021, que se disputa entre 12 de setembro e 3 de outubro.

A Equipe das Quinas encontra-se a estagiar em Viseu, onde realizará os últimos testes de preparação diante do Paraguai. Os jogos estão agendados para dos dias 3 e 5 de setembro (sexta-feira e no domingo), pelas 20h00 e 19h00, respetivamente, no Pavilhão Cidade de Viseu.

Natural de Nelas e, portanto, a jogar em casa está André Coelho que se prepara para disputar a sua terceira fase final. O fpf.pt quis saber junto do fixo do FC Barcelona o que se pode esperar dele neste seu segundo Campeonato do Mundo.

“Podem esperar o mesmo André de sempre – lutador, competitivo… claro que muito mais experiência, com duas fases finais. Já não vai ser a primeira vez que vou disputar a este nível. Tem sido um percurso bonito. Na Colômbia disputei a minha primeira fase final e claro que senti o facto de ser dos mais novos – o nervosismo inicial… No Europeu já consegui abordar de forma diferente a fase final. É natural. Faz parte do processo de crescimento. Já estou na Seleção A há cinco anos, pelo que a minha capacidade de gerir as emoções está melhor. Estou a crescer cada vez mais e espero estar em grande, a fazer e a dar tudo pela nossa Seleção. Quero ajudar toda a equipa em tudo o que puder.”

André Coelho era o segundo mais jovem da equipa no Mundial da Colômbia em 2016 (apenas superado por Miguel Ângelo), naquela que foi a sua primeira fase final e o mais jovem dos campeões da Europa na Lituânia, em 2018. Agora, o jogador nascido em outubro de 200e é apenas o sétimo mais jovem. No espaço de cinco anos somou 63 internacionalizações e já lhe compete estar no papel de acolher os mais jovens. Diz que se vê um pouco nestes jovens.

“Revejo-me neles. Tive a sorte de ter tido grandes professores – o João Matos, o Ricardinho, o Cardinal, o Bebé, o Vítor Hugo… tive um leque de exemplos que me permitem, atualmente, tentar fazer o papel deles e estou a fazer o meu melhor para os acolher. Também fica mais fácil para os mais novos chegarem à nossa Seleção, pelo espírito de família que temos. Eu sou mais um a ajudar. Neste caso já estou do lado oposto, ou seja, a recebê-los. Tive tão bons exemplos que tornam o meu papel, de ajudá-los a integrarem-se conosco, muito mais fácil.”

Habituado a lutar por títulos, não esconde que a ambição também faz parte deste grupo.

“O nosso foco sabemos bem qual é – uma medalha. Tenho jogado em clubes que lutam regularmente por títulos e tenho a sorte e o privilégio de representar uma Seleção [com jogadores] que têm exatamente os mesmos objetivos que têm no clube. As nossas expetativas estão altas. Estamos focados na fase de grupos, porque sabemos perfeitamente a dificuldade que representa ultrapassar a fase de grupos. O nosso foco está em superar o resultado da Colômbia [o quarto lugar] e, portanto, uma medalha está no nosso grande objetivo.”

No segundo dia da quarta semana de trabalhos e com cinco jogos disputados na fase de preparação, André Coelho faz um balanço bastante positivo.

“Está sendo bastante positivo. Já temos vindo a trabalhar juntos há algum tempo, o que facilita muito as coisas – o processo de treino, a própria estratégia do nosso jogo. Têm sido semanas fantásticas. O grupo está completamente comprometido. Os jogos [com Japão ((3-2), Venezuela (2-1), Angola (4-3), Uzbequistão (1-3) e Costa Rica (5-0)] têm-nos ajudado muito a melhorar diferentes aspetos. Vamos ter mais dois jogos para ultimar pormenores e ver, de facto, como é que estamos estrategicamente diante de outras equipas. Esperamos mais dois bons jogos de preparação para chegarmos ao primeiro jogo da fase de grupos [diante da Tailândia, a 13 de setembro] na nossa máxima força.”

Com um total de 18 golos apontados ao serviço da Seleção A, André Coelho marcou três golos nos últimos três jogos – um em cada um deles – e espera manter o pé ‘quente’.

“Tem corrido bem. Tenho conseguido fazer golos. Sou um jogador que, devido às minhas características, participo muito no processo ofensivo da equipa. Acabo por ter muitas oportunidades para fazer golo, mas o mais importante nunca será o André Coelho. O mais importante será sempre ganharmos, independentemente de quem marca ou de quem assiste. Estamos todos a lutar por um só objetivo e só todos juntos é que vamos lá chegar.”