Maior jogadora da história da seleção brasileira e multicampeã por onde passa, Amadinha está pronta para vestir a amarelinha mais uma vez. A partir desta terça-feira, a ala entra em quadra no Torneio Internacional de Futsal Feminino, disputado em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina.
Amandinha, da seleção brasileira, crava favoritismo do Brasil no Torneio de Futsal
Ao ge, Amandinha fala sobre o favoritismo do Brasil, mas, também da competitividade com os adversários.
O Torneio Internacional de Futsal Feminino será disputado por quatro seleções: Brasil, Argentina, Paraguai e Marrocos, em modelo todos contra todos, se classificando para a final e decisão de terceiro colocado.
O formato é diferente do ano passado, na primeira edição do Torneio – onde o Brasil foi campeão invicto. Em 2023, eram seis seleções divididas em dois grupos com três equipes, onde as duas melhores se classificavam para as semifinais.
— Vai ser um torneio diferente do que foi ano passado, mas temos que valorizar o fato de estar acontecendo, da gente ter mais convocações com regularidade. A comissão tem a oportunidade de testar mais atletas, elas podem ter a oportunidade de vestir a camisa da seleção brasileira. Tem essa mistura de atletas em pré-temporada na Europa, outras que estão em temporada na América do Sul e vamos nós ajudar o máximo possível. Vai ser um prazer representar mais uma vez a seleção brasileira, frente a três grandes seleções que estão apoiando muito a modalidade e sempre dão um trabalho duro para o Brasil — disse Amandinha.
Amandinha, da seleção brasileira, analisa adversários do Torneio Internacional de Futsal.
— O Paraguai sempre chegando nas semis, lutando pelo espaço. E a Argentina sempre chegando entre os três, em finais. São as grandes potências da América do Sul [junto do Brasil]. Esses países estão um passo à frente em termos de apoio, visibilidade, cada vez mais atletas estão se tornando profissionais. Isso faz crescer a modalidade, faz com que queiram investir mais — completou sobre os adversários. Apesar dos elogios aos adversários, Amandinha entende que o Brasil é o favorito. E os números mostram.
O Brasil venceu todos as seis edições de Mundiais (não oficiais pela Fifa) e conquistou seis vezes a Copa América – a Conmebol já organizou sete edições, mas a seleção brasileira não participou em 2015. Além dos títulos no Grand Prix 2019 e no Torneio Internacional em 2023.
— Onde quer que a seleção brasileira vá, ela é favorita. Nossa camisa é muito pesada. Falando especificamente da feminina, o peso é maior porque a gente nunca perdeu uma competição. A gente carrega esse peso. O que é maravilhoso.

Amandinha vai voltar a jogar ao lado da catarinense Débora Vanin. As duas marcaram gol na vitória contra a Argentina por 2 a 0, que deu ao Brasil o título da Copa América 2023.
— É muito bacana poder olhar pra uma atleta como a Débora, uma craque que todo mundo admira, atleta renomada mundialmente, ter ela do meu lado na seleção. Ver tudo que a gente passou desde a infância pra estar onde estamos hoje. Somos referências para outras atletas e nossa luta não é só pra nós. É um prazer imenso poder dividir o palco das quadras com ela e sempre um aprendizado diário quando a gente tem a oportunidade de estar juntas na seleção.
Ao ge, Débora também comentou da parceria com a camisa 10 da seleção brasileira.
— Sempre tive uma admiração muito grande pela Amandinha e tudo que ela conquistou, já falei isso pra ela. Não é fácil o que ela fez e o que ela faz. É, simplesmente, admirável como ela joga, o jeito que ela joga, tudo que ela conquistou.

Amandinha em Santa Catarina
A cearense começou a trajetória no futsal em Santa Catarina. Aos 15 anos, Amandinha mudou de estado para dar início ao sonho de se tornar profissional.
O clube que abriu as portas para a ala foi o Barateiro, de Brusque, em 2011. Ao todo, Amandinha conquistou duas vezes a Libertadores (2015 e 2016), uma Liga Feminina de Futsal (2014), uma Taça Brasil (2013) e três estaduais (2012, 2015 e 2016).
No Barateiro, também foi onde Amandinha conquistou o mundo pela primeira vez, sendo a melhor jogadora em 2014. Título que permaneceu com ela até 2021 – ela foi oito vezes consecutivas a melhor do mundo.
Depois do clube brusquense, a ala se mudou para o Leoas da Serra, de Lages, onde, novamente, empilhou títulos: Mundial (2019), Libertadores (2018), Taça Brasil (2019) e Copa do Brasil (2017).
— Sou muito grata a Santa Catarina, por tudo que me deu, eu me tornar a atleta que sou hoje. Pra mim, é o berço de futsal, a melhor escola de futsal do Brasil, a forma que joga, que ensina, pra mim não existe melhor. Sou muito privilegiada de passar toda a minha construção da modalidade em Santa Catarina, aprendi muita coisa. Desde quando saí da minha casa, fiquei longe da minha família, mudança de cultura, de clima, fui muito abraçada pelo povo do Sul e sou muito grata por isso. É muita gratidão por tudo que pude viver em Santa Catarina, levo pra sempre dentro do meu coração — completou Amandinha.
Em 2022, Amandinha se transferiu para o Torreblanca Melilla, da Espanha, para iniciar a carreira fora do Brasil. Ela segue no clube espanhol.

Agenda do Torneio
6 de agosto
18h – Argentina x Paraguai
20h – Brasil x Marrocos
7 de agosto
18h – Paraguai x Marrocos
20h – Brasil x Argentina
9 de agosto
18h – Argentina x Marrocos
20h – Brasil x Paraguai
11 de agosto
9h30 – Disputa do 3º lugar
12h35 – Final