A noite desta sexta-feira, 15, foi de fortes emoções no Ginásio Poliesportivo depois da partida da Assoeva diante do Atlântico de Erechim, na derrota do clube de Venâncio Aires que decretou a eliminação, na fase semifinal, da Série Ouro. Em entrevista ao repórter Felipe Rosa, do Olé Esporte Clube, da Rádio Terra 105.1 FM, o supervisor do clube, Eliel Hammes, admitiu que o ano foi muito difícil e disse que a Assoeva precisa de ajuda para seguir em frente: “A Assoeva vai continuar, mas vai ser da forma que Venâncio quiser”.
Para o dirigente, o ano de 2024 foi um dos mais complicados da história do clube, que segundo ele teve que conviver com uma frustração de quase 50% do que era esperado em aporte financeiro. “Temos que assimilar que o planejamento não foi adequado e pensar o que podemos fazer para o ano que vem. Sem dinheiro não se faz esporte, não se faz futsal, não se faz praticamente nada. Sem investimento não se consegue trazer atletas mais qualificados. A gente faz o que o investimento permite. Agora terminou o ano e, a partir de segunda-feira, vamos definir o que vai ser de 2025”, argumentou Hammes.
Perguntado se há uma ‘luz no fim do túnel’, o dirigente declarou que acredita que a Assoeva vai dar sequência às atividades no próximo ano, mas ressaltou que o apoio da comunidade, patrocinadores e empresas será fundamental para a continuidade das atividades em nível nacional. “Luz no fim do túnel sempre tem, mas daqui a pouco vão acontecer coisas que a comunidade de Venâncio Aires não está preparada para ver acontecer. Provavelmente vai ter uma nova eleição e tudo vai depender disso. Não posso falar muita coisa aqui, porque eu não sei o que vai acontecer daqui a 10 ou 15 dias”, comentou ele.
A exemplo do técnico Vandré da Costa, que foi às lágrimas ao falar sobre a temporada durante a transmissão da Terra FM, Hammes não conteve o choro ao lembrar dos grandes momentos da Assoeva ao longo de sua trajetória – especialmente o vice-campeonato da Liga Nacional de Futsal, em 2017 – e deixou em aberto a sua permanência para o próximo ano. “A vida é feita de ciclos. Às vezes acaba, às vezes não. Talvez possa acontecer uma saída, mas não tem nada certo em relação a isso. Eu abri mão de muita coisa para estar aqui durante todo este tempo e tenho muitas lembranças que ficarão para sempre”, finalizou.