Seis competições, cinco finais e dois títulos. Esse é o resumo da Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF) na temporada 2016. Apesar de ter conquistado os títulos do Torneio de Gramado e da Taça Brasil no início do ano, este foi considerado um ano regular pelo supervisor Lavoisier Freire Martins.

Ex-goleiro e atual supervisor da ABCF. Foto: Ulisses Castro
A temporada 2016 começou com a ACBF ainda embalada pelas conquistas da Liga Nacional de Futsal (LNF) e do Gauchão de 2015. Entre fevereiro e março a Taça Brasil e o Torneio de Gramado coroaram um início de ano impecável. Depois veio o vice-campeonato da Supercopa de Futsal contra o Jaraguá. Em junho, teve a disputa da Copa Intercontinental, no Catar, e ACBF ficou com o segundo lugar, perdendo a decisão para o Magnus. Na LNF, o time laranja caiu ainda nas oitavas de final. O ano terminou com o vice-campeonato do Gauchão.
Mesmo chegando forte em cinco dos seis campeonatos, a direção da ACBF decidiu que era hora de mexer no elenco para 2017. Por isso, anunciou a saída 10 jogadores e a contratação de oito novos atletas.
O supervisor da ACBF, Lavoisier Freire Martins fez uma avaliação geral sobre a última temporada e também comentou a expectativa sobre 2017. Confira abaixo:
Qual a sua avaliação da equipe na temporada 2016?
Lavoisier – Posso falar que foi um ano médio. Não foi um ano ruim, nem bom. Chegamos em cinco finais. Não é todo mundo que chega a tantas finais numa temporada. Ganhamos dois, fomos vice duas vezes e saímos precocemente da Liga. Foi um ano de aprendizado, até para mim como supervisor. Tivemos muitos altos e baixos na temporada, mas conseguimos sempre estar acima do que a média. Em relação a gerir, foi experiência tremenda. Acredito que foi um ano regular.
O que deu certo e o que deu errado na última temporada?
Lavoisier – Fiz muitas anotações sobre a temporada. Temos que pensar não só nas ações macros, mas nas ações pequenas, como no dia a dia, na gestão, convívio dentro e fora do vestiário. São pequenas coisas que se a gente pontuar desde o início do ano, vamos ter grandes resultados no ano todo. Temos que corrigir detalhes pequenos para que tenhamos grandes resultados.
Com relação ao que deu errado, no dia a dia não detectamos algo de errado, pois os treinos foram muito bons. Faltou a gente transferir o que foi feito nos treinos para o jogo. Às vezes, faltava manter a mesma concentração dos treinos nos jogos. Ano que vem bateremos muito nessa tecla.

Floripa vence ACBF nos pênaltis e passa para as quartas. Foto: Ulisses Castro
O que esperar do novo ciclo da ACBF em 2017?
Lavoisier – Temos sempre que mexer no elenco e tivemos um aprendizado com isso também. Se o time deu muito certo num ano, não quer dizer que na temporada seguinte continuará em alta. Mexendo no grupo também faz com que o atleta exija mais de si mesmo. Essa mudança é natural para que o atleta atinja o seu ápice. Para esse ano, faltou um pouco de maturidade dentro do jogo. Os treinos eram bons, o ambiente era favorável, mas dentro do jogo faltou ter alguém para chamar mais responsabilidade. Esse ano estamos trazendo atletas que têm essa característica. São jogadores mais experientes e vamos fazer essa mescla de experiência com juventude.
Nos últimos dois anos, a média de idade da ACBF era baixa. Com os reforços para 2017 essa média aumentou. Será diferente trabalhar com esse grupo?
Lavoisier – Acho que será diferente. Os atletas que estão vindo são entendedores do que estamos fazendo. A sistemática de jogo deles é parecida com as características que o técnico Marquinhos Xavier gosta de trabalhar. Fora de quadra são ótimas pessoas também. Acreditamos que essa troca de experiências entre os mais velhos e os jovens seja benéfica. Temos o exemplo do Corinthians que fez muito bem essa mescla e deu resultado com a conquista da LNF.