Continuidade. Por uma perspectiva diferente, mas com a mesma semântica, a palavra indica a mesma premissa dos dois últimos finalistas da LNF. Não é à toa que tanto Magnus quanto Cascavel têm no comando dois treinadores longevos no cargo e com resultados comprovados dentro de quadra.

Finalista das três últimas edições e campeão invicto em 2020, Ricardinho comanda o Magnus pela quinta temporada seguida. As derrotas nos dois jogos finais do ano passado indicaram não somente uma interrupção de conquistas, mas a sinalização por algumas mudanças.

Guilherme Mansueto

Ricardinho garante que o time não perde a fome de vencer. Foto: Guilherme Mansueto

“Trouxemos jogadores com muito potencial para crescimento e com vitalidade. Mesmo jovens, com experiência de terem jogado a LNF. Vieram também outros nomes com rodagem. E agregando com jogadores vitoriosos que ficaram e mantém a fome de ganhar. Temos tudo para fazer um grande ano”, projeta Ricardinho.

Assim como o colega, Cassiano Klein emplaca uma sequência de trabalho no Cascavel. O título inédito da LNF 2021 serviu como a recompensa para uma comissão técnica e um grupo de jogadores que apostaram em uma ideia de jogo agressivo e com capacidade de concentração, fruto de muito treinamento. Ao entrar no hall dos campeões da maneira como entrou, o time paranaense, treinado há quatro anos pelo mesmo profissional, desperta atenção.

“Gera mais uma expectativa externa, o que é normal e isso é bom, pois demonstra que fizemos algo positivo. Agora, para nós internamente, estamos muito tranquilos. Existem muitas equipes com potencial de chegar e temos que melhorar a cada dia para aprender, para no final merecer algo bom”, analisa Cassiano.

Cícero Bittencourt

Cassiano é a cabeça pensante do modelo de jogo do Cascavel. Foto: Cícero Bittencourt

Para 2022, o Magnus realizou uma pequena alteração de fotografia. A base do time permanece: Djony, Rodrigo, Leandro Lino, Leozinho e Charuto, mas no elenco houve trocas. Saíram Lucas Oliveira, Alisson, Sinoê, Kevin e Pedrinho, e chegaram Ernesto, Gabriel, Gugu e Well. Na pré-temporada, o primeiro troféu já foi para o armário: a Supercopa Gramado, batendo a ACBF na final, um cartão de visitas de um time acostumado a ganhar há bastante tempo.

“A preparação foi muito boa e culminou com o título desse torneio tradicional. Começar o ano ganhando dá uma confiança ainda maior para os atletas. A parte coletiva e a parte mental contam muito para a nossa equipe”, encerra Ricardinho.

No outro lado, a suspensão da Supercopa de Futsal adiou o desejo do Cascavel de levantar um troféu no início do ano. Amistosos e a estreia com o pé direito no estadual, porém, mostram que os resultados tendem a aparecer novamente. O time campeão tem uma baixa significativa. Roni, artilheiro e craque de 2021, foi para a ACBF. Em contra partida, a base da equipe segue firme com André Deko, Carlão, Ernani, Gustavinho, Zequinha, e somam-se a ela reforços como o experiente Lucas Selbach, além de Micuim e Ernandes. O caminho pela frente é longo para retomar o nível.

“Acredito que damos os primeiros passos. Um time demanda de tempo para ter performance. E isso demanda treinos e jogos. Dentro de uma realidade, conseguimos evoluir e agora é a sequencia que vai nos dar o aprendizado”, completa Cassiano. Os finalistas de 2021 iniciam a LNF 2022 jogando na frente de suas torcidas. Na primeira rodada o Magnus recebe o Umuarama enquanto o Cascavel encara o Marreco.