Fundada em 2013, a Apaif (Associação de Pais e Amigos incentivadores do Futebol), mantenedora das categorias de base do Jaraguá, já conta com reconhecimento mundo afora por sua presença constante em competições importantes na modalidade.

Assim como a participação em diversos torneios, os títulos seguem o mesmo ritmo e vem enriquecendo a história do projeto. Mas sem uma sede própria, armazenar tantas taças e medalhas sempre foi um problema para associação.

Até que, um dos fundadores da Apaif, cansou de ver essa história se esvaindo com o passar do tempo e tratou de manter a memória das conquistas ainda muito vivas nos dias de hoje.

Atual coordenador e técnico da equipe, Anderson Decker resolveu transformar a sala de casa em uma verdadeira sala de troféus, que traz todas as lembranças de um dos principais projetos de futsal de base do Brasil.

Nas prateleiras, é possível observar troféus e medalhas de campeonatos a nível regional, estadual, nacional e até internacional.

Seja de menor ou maior expressão, as relíquias estão expostas na residência do profissional e carregam histórias de uma caminhada de sete anos do projeto, que já conquistou incríveis 327 troféus.

“Fomos conquistando vários troféus ao longo dos anos e eles foram ficando amontoados pelo grande volume. Futuramente queremos levá-los para uma sede da Apaif, mas em um lugar em que os troféus fiquem em boas mãos como estão na minha casa, porque eles carregam muita história”, disse Decker.

São tantos feitos que fica difícil recordar um a um, mas sempre tem aquele que marca de um jeito mais especial e é tratado com maior carinho.

Na estante de Anderson Decker, é o da Copa América de 2015, que marcou o fim de uma geração de ouro do time jaraguaense, com atletas que depois ganharam espaço em grandes clubes de futebol do Brasil.

A geração histórica de 2005, com Felipe Prado (hoje no Internacional), Jovi (Santos), Rick (São Paulo), entre outros, garantiu o primeiro título de expressão para Apaif/Jaraguá, superando na época times como Flamengo, Palmeiras e Santos.

“(Aquela conquista) Foi uma divisão, porque as pessoas que iniciaram o projeto estavam saindo em busca de algo maior para os filhos. Essa geração de 2005 ficou mais de dois anos sem perder nenhum jogo e teve grandes conquistas. Então essa ‘despedida’ com título foi muito marcante”, relembra o treinador.

Revelação de talentos

Não são apenas os títulos que marcam a trajetória do projeto. O destaque nos mais diversos campeonatos fez muitos jovens atletas saírem de Jaraguá para buscar o sucesso em clubes de futebol de campo.

Além de Prado, Jovi e Rick, a equipe revelou meninos como Andrew, hoje no Roma da Itália, Léo (Figueirense) e Bruno (Paraná).

Isso sem contar outros talentos que figuram em times do interior de alguns estados, chegando a cerca de 25 atletas formados na cidade que se aproximam do sonho de se tornarem profissionais no futebol ou futsal.

“Junto com alguns pais, criamos a associação em 2013 e não sabíamos como seria. Apanhamos muito nessa caminhada, mas tínhamos pessoas que queriam fazer algo diferente. Não imaginávamos que chegaríamos a esse patamar com tantos troféus e revelações. É sinal que o trabalho está sendo bem feito”, destacou Anderson Decker.