Vagner Marques CBFS
Seis das 15 convocadas por Wilson Sabóia estreiam com a amarelinha no torneio internacional

O Brasil estreou na nesta terça-feira na Copa das Nações, torneio internacional em Xanxerê, com um elenco diferente das últimas convocações. Das 15 atletas convocadas pelo técnico Wilson Sabóia, 13 jogam em solo brasileiro e seis vão estrear com a amarelinha.

— A intenção da comissão técnica foi dar oportunidade nessa convocatória para algumas atletas que fizeram a Liga Nacional de 2022 com muita qualidade. Atletas que tecnicamente e taticamente melhoraram muito e não tínhamos chamado ainda. Nossa intenção foi abrir mais o leque. Contra a Espanha nós chamamos atletas que já estavam sendo chamadas, e essa agora a gente acredita que tínhamos que dar oportunidade a outras atletas com competência para vestir a camisa da seleção brasileira — explicou Sabóia em entrevista ao ge.

Em comparação, na primeira Data Fifa da temporada, em amistosos contra a Espanha, apenas quatro das 14 convocadas atuavam no Brasil.

No grupo da seleção brasileira estão Bolívia e Bélgica, no outro, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Em cada grupo, as equipes jogam entre si e os dois melhores avançam à semifinal.

A escolha da Confederação Brasileira de Futebol de convidar quatro sul-americanos foi proposital, pensando na Copa América de Futsal Feminino, principal objetivo da seleção principal no ano.

— Desde a convocatória dos amistosos contra a Espanha, a nossa função é de qualificar o elenco o máximo possível para que a gente possa chegar na Copa América com uma equipe preparada coletivamente e individualmente. Por isso também que convocamos seis atletas novatas para essa convocatória, para a gente ter um leque maior de atletas e errar o mínimo possível na escolha da Copa América — disse o Sabóia.

Independente da convocação, o técnico Wilson Sabóia quer o título desta primeira edição da Copa das Nações. Entretanto, outro objetivo também é observar as atletas.

— Eu penso muito mais no processo, os treinamentos que teremos até a estreia, do que propriamente do produto final, não que não seja importante, mas o produto final é a resposta do processo. Se os treinamentos forem eficientes, se as atletas entenderem o que a comissão técnica quer, se a gente tiver essa sinergia entre comissão e atleta, acredito que vamos ter bons resultados. Temos atletas boas, de qualidade e nível técnico, físico e tático excelentes. A intenção nossa é sempre estar na final e vamos lutar para isso — completou o técnico.

Outros trechos da entrevista

ge: Qual a sua visão sobre o futsal feminino em Santa Catarina?

Wilson Sabóia: Quando se fala de futsal de rendimento e formação, Santa Catarina, Paraná e São Paulo são os três grandes espaços que estão investindo em futsal feminino. Desde a época do Kindermann, da Female, do Chapecó, agora com o Barateiro, Santa Catarina sempre teve atletas e projetos muito vitoriosos. Quando se tem atletas e gestores vitoriosos, há a tendência de ter um olhar mais técnico em relação a esses projetos. Sempre damos oportunidade as atletas de Santa Catarina porque tem qualidade no jogar, elas tem qualidade técnica e tática bem evidente porque os trabalhos e projetos são bem feitos. Isso é muito importante para que a gente possa estar sempre observando.

O que você acha da atleta Belle, do Barateiro?

A Belle foi minha atleta no Mundial Universitário, ela tá crescendo muito, é uma atleta de muita força, atleta do nordeste, aqui do Rio Grande do Norte. Hoje, quando a gente fala de atletas de qualidade no país, com certeza ela sempre está sendo lembrada.

Qual o futuro da Amandinha na seleção brasileira?

Amandinha é uma atleta com um entendimento de jogo de nível altíssimo, ela tem uma sensibilidade e tomada de decisão incríveis, é diferenciada. Logicamente ela não foi chamada porque não é Data FIFA e a equipe dela está jogando os campeonatos na Espanha. Com certeza ela vai estar conosco na Copa América.