Rafael Favero
Novo presidente acompanhou, no ginásio, a partida entre Assoeva e Atlântico pela Liga Nacional de Futsal na última terça-feira (9).

Um dos principais times do futsal gaúcho, a Assoeva trocou de presidente em meio à Liga Nacional de Futsal (LNF) e às vésperas do início da Série Ouro. Marcelo Fonseca deixou o cargo na semana passada, alegando “motivos pessoais”, e o posto passou a ser ocupado por Cristiano Amaro Eugênio. O empresário e ex-vice-presidente deve concluir o mandato que se estende até 2025.

Mais do que cumprir um período burocrático, o novo comandante tem a missão de reerguer um clube que, em 2017, chegou a ser campeão estadual e vice brasileiro, mas que, nos últimos anos, não consegue emplacar boas temporadas. No ano passado, por exemplo, a equipe de Venâncio Aires caiu nas quartas de final do Gauchão para o modesto Sercca, de Casca, e na mesma fase da LNF, para o Cascavel, do Paraná.

Em 2024, a Assoeva não passou na primeira fase da Supercopa Gramado e amargou três derrotas nas rodadas iniciais da Liga Nacional, sem pontos conquistados até agora. GZH conversou com o presidente para conhecer mais sobre suas ideias à frente do tradicional time do Vale do Rio Pardo.

Assim como a ACBF, a Assoeva optou por sair da Liga Gaúcha e participar da Série Ouro em 2024. Por que o clube tomou essa decisão?

Tivemos uma reunião de diretoria e analisamos os prós e contras. Sempre procuramos o que é melhor para a Assoeva. A Assoeva não é o Cristiano ou o ex-presidente Marcelo. A Assoeva é a cidade de Venâncio Aires em foco. Vamos ver se fazemos bonito nesse campeonato.

A Série Ouro ser uma porta de entrada para competições maiores, como a Taça Brasil, foi um dos motivos levados em consideração?

É lógico. Lógico que sim. São portas que se abrem para campeonatos muitos importantes, em que grandes equipes participarão. É uma oportunidade que dificilmente aparece.

Nos últimos anos, a Assoeva teve a sua melhor temporada em 2017, quando foi campeã da Liga Gaúcha e vice da Liga Nacional. Por que o time não consegue mais repetir esse bom momento?

A gente passa por um cenário de muita dificuldade econômica, não só no futsal, mas em todos os setores do Brasil. Aquela equipe da Assoeva foi maravilhosa. Não vai sair da nossa lembrança. Mas tudo é difícil. É difícil concorrer com os grandes centros nacionais e com as principais equipes do Brasil, que têm um poder aquisitivo maior. Aos poucos, a gente vai perdendo jogadores e não consegue repor no mesmo nível. Estamos batalhando, tentando fazer um futsal bonito.

A Assoeva está bem amparada pelo poder público, torcedores e patrocinadores? Ou Venâncio Aires ainda pode fazer mais pelo time?

Acho que estamos no caminho certo. O poder público colabora com a gente. Fica um agradecimento especial à prefeitura, aos nossos patrocinadores, que estão sempre com a gente. Mas estamos sempre correndo atrás da máquina, atrás de recursos para manter essa equipe. Claro que sempre há um espaço a mais para captarmos algo e formar um elenco cada vez melhor.

Qual é a tua expectativa para a Assoeva na Liga Nacional e na Série Ouro deste ano?

Toda equipe que entra numa competição entra para ganhar. Temos exemplos de elencos menores que chegam, com muito menos investimento. Nós podemos citar o próprio futebol, com o Nova Iguaçu, lá do Rio de Janeiro, que chegou à final do Campeonato Carioca, na frente de Fluminense e Vasco.