Neto Cajaíba
O elenco e comissão técnica do Marreco para 2023.

Para 11 dos 20 jogadores do Marreco, a partida de logo mais às 18h30, contra o Joaçaba (SC), no Ginásio da Unoesc, terá significado especial. Isso porque eles iniciarão a disputa inédita da Liga Nacional de Futsal (LNF). Será a primeira vez dos alas Ceará, Darrieer, Luiz Henrique, Nefi, Ricardinho e Tony, dos fixos Fernando e Meleca, além dos goleiros João Garcia e Zé Vinícius e do pivô Vitor.

Aos 24 anos, Ricardinho está de volta ao Brasil após oito anos. Filho do célebre técnico Ricardo Sobral, o “Cacau”, iniciou a carreira no leste da Europa: passou por República Tcheca, Lituânia, Eslováquia e Hungria, além da Arábia Saudita, no Oriente Médio.

“Era um sonho voltar pro meu país, pra ficar perto da minha família e jogar na melhor liga do mundo. Tenho inexperiência na LNF, sim, mas no futsal, não. Já joguei, inclusive, três Uefas, então acredito que posso agregar, também”, ressalta.

Na contramão, para quem tem a experiência de uma LNF no currículo, é início de mais uma jornada: os alas Athirson, João Lucas e Ligeiro; fixos André e Otanha; dos goleiros Rafael Freitas e Renan Secco; além dos pivôs Lucas BH e Thiaguinho.

Otanha, por exemplo, reencontrará o ex-clube: o fixo defendeu o Joaçaba em 2022. “Tenho uma história linda linda lá, consegui competir bem e conquistar o primeiro título nacional da equipe, na Copa Sul. Feliz por rever os amigos, mas agora em lados opostos. É um adversário forte fisicamente e compactado.”

Metade tem até 20 anos

A reformulação do Marreco mudou o perfil do time. A média de idade do plantel é de 23,5 anos. Somente dois têm 30 anos ou mais: o pivô Lucas BH (32) e o fixo André (30). Metade sequer não passou de duas décadas de vida: os alas Athirson (20), Ligeiro (20), Luiz Henrique (19), Nefi (18) e Tony (19); os goleiros João Garcia (20) e Zé Vinícius (19); os pivôs Thiaguinho (20) e Vitor (20); e o fixo Meleca (19).

Comissão e diretoria experientes

No banco, entretanto, o Verde-preto conta com uma comissão técnica vitoriosa. Luiz Sérgio Lavarda, diretor-executiva, já venceu a LNF em duas ocasiões. “Será um ano de grandes desafios pro Marreco, tanto fora quanto dentro de quadra. Seguimos acreditando no trabalho destes jovens talentos. Esperamos fazer uma temporada equilibrada.” O diretor ainda disse que há expectativa por contratações pontuais.

Já o técnico João Carlos Barbosa chega à sétima Liga. Ele estreou em 2003, com o Joinville (SC). O melhor desempenho ocorreu em 2021, quando levou o Foz Cataratas à semifinal. Na temporada passada, conseguiu colocar o Marreco no mata-mata após dois anos. “O importante é saber que os jogadores estão buscando espaço dentro do futsal brasileiro e nada melhor do que numa LNF. Temos obrigação de passar vivência. Não é sinônimo de vitória, mas vai ajudar no caminho da nova era do Marreco.”

Retrospecto do Marreco

A estreia beltronense em LNFs foi em 2016. Na edição seguinte, chegou à semifinal – feito jamais repetido até então. Com 2023, o Verde-preto (Marreco) chegou à oitava participação na competição.