André Sanano

Portugal pode chegar a mais uma decisão com a atual geração. Foto: André Sanano

A Seleção Nacional de futsal cumpre esta quinta-feira, pelas 18h30 (19h30 locais) o seu derradeiro apronto antes do jogo das meias-finais do Campeonato da Europa Países Baixos 2022.

A Equipe das Quinas defronta a Espanha na sexta-feira (4 de fevereiro), pelas 19h00 (20h00 locais), no Ziggo Dome, em Amsterdã, e procura alcançar a terceira final do seu histórico diante do campeão europeu em sete ocasiões. A partida pode ser acompanhada em direto na RTP1

Após a conquista do Mundial-2021, o Selecionador Nacional referiu que Portugal tinha chegada ao topo da montanha. Utilizando a mesma metáfora, lembrou, antes do início do Euro-2022, que a escalada teria de começar novamente do início. Depois de ter ultrapassado a fase de grupos com um registro 100 por cento vitorioso e ter deixado a Finlândia pelo caminho, nos quartos de final, Jorge Braz considera que ainda falta uma etapa extremamente difícil para se conseguir começar a deslumbrar de novo o topo.

“Estamos já num ponto bem acima, mas ainda não conseguimos ver o topo da montanha. Para conseguir, pelo menos, visualizar o topo da montanha temos agora um jogo extremamente difícil, competitivo para ultrapassar esta etapa para lá chegarmos. Estamos altamente focados no que temos de fazer para passar agora mais esta etapa para, então sim, conseguirmos, pelo menos, ver o topo da montanha.”

O técnico abordou os pontos fortes do adversário, mas sublinhou que a equipa lusa deve focar-se, sobretudo, no seu processo.

“A Espanha está com alguns jogadores diferentes. Nota-se que estão com uma enorme vontade e uma enorme objetividade em todas as ações que fazem – pelo menos nestes quatro jogos que já realizaram aqui [no Euro-2022]… com uma enorme dinâmica, com uma utilização muito equilibrada de todos os jogadores… e a qualidade do costume da Espanha nas coisas simples. Tiveram aquele empate [2-2, com o Azerbaijão] e depois foram resolvendo os jogos com alguma facilidade. Amanhã não será assim, certamente. Será um jogo difícil para a Espanha, difícil para nós… temos de nos preocupar muito connosco. Conhecemos muito bem a Espanha, mas vamos focar-nos muito no nosso processo.”

Portugal registra apenas três triunfos em 32 partidas diante da formação espanhola (clique aqui para consultar o historial entre as duas seleções). A Espanha surge nas meias-finais como a equipa mais concretizadora (20 golos) e a segunda menos batida da competição (quatro tentos sofridos). Jorge Braz olha para estes números como indicadores, mas que o importante agora é olhar para o jogo com a Espanha “de forma muito intensa, racional e equilibrada, mas com um orgulho nacional muito grande.”

O Selecionador acredita que será uma partida a ser decidida “nos detalhes, na gestão emocional ao longo do jogo” e destaca que a equipa está “habituada a conviver com o que é que pode acontecer num jogo de futsal e mesmo numa meia-final de um Campeonato da Europa.”

“Isto é o que nós queremos e isto é o que nós gostamos. Isto é o que todos os jogadores gostam, o que todos os treinadores gostam… é estar nestes momentos! Por isso temos de saber viver e jogar estes 40 minutos um enorme orgulho nacional.”