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Treinador levou Portugal a mais uma conquista. Foto: FPF

 

Portugal venceu a Espanha na finalíssima de futsal, realizada este domingo em Buenos Aires, e o Selecionador Nacional Jorge Braz mostrou-se naturalmente feliz pela conquista de mais um título internacional.

“Sinto um orgulho tremendo, indescritível, em tudo. Não podemos esquecer toda a estrutura, toda a família FPF, este staff fantástico. E depois os jogadores, realmente. Estes, os que não vieram, todos os jogadores portugueses. Dedico este título, que surge na sequência dos que já temos, a todos os jogadores portugueses – pelo que fazem, pelo que se desenvolvem, pelo que têm feito. Este título não é só para os da seleção, é para todos os que vão trabalhando.”

“Passamos sempre o cabo das tormentas, pelo menos no nosso processo, no nosso jogar, no acreditar, em ir à procura de inverter um golo e, depois, ir à procura de mais. Quisemos muito jogar, como eu dizia, ‘ser Portugal’. Não estávamos a conseguir ser, mas a partir do momento em que o conseguimos foi interamente justo [conquistar este título].”

No final de uma partida tão emotiva, o capitão João Matos também não escondeu as sesações que o invadiam:

“Esta equipa tem uma alma gigante e a forma como encarámos esta nova competição, os adversários, o processo, como trabalhámos para estarmos no nosso melhor, foi incrível. Depois de uma primeira parte não tão bem conseguida, com algum receio de ter a bola, de jogar, crescemos muito na segunda. Mais do que qualidade, demonstrámos mais uma vez a união que esta equipa tem nos momentos decisivos. Fomos aos penáltis de uma forma quase injusta pelo que fizemos, mas muito tranquilos pelos batedores que tinhamos e pelo gigante Edu. Estamos de parabéns mais uma vez, desde 2018 que temos vindo nesta onda vitoriosa porque temos qualidade e trabalhamos para isso.”

Zicky Té em discurso direto:

“Não esperava tamanha recepção, o povo argentino foi incrível. Portugal sentiu a força deles e sinto que foi mais um elemento para conseguirmos esta vitória tão gloriosa.

[A diferença foi] Sermos Portugal, percebermos que tínhamos de nos agarrar uns aos outros e estar muito unidos para conseguir vencer uma seleção tão forte como a Espanha. Tínhamos de ser nós próprios, jogarmos o que sabemos, fazer o que treinamos e, sobretudo, termos a união que nos faz, nesses momentos, conseguir dar a volta por cima. Não é o individual, mas sim o coletivo e a força de vontade para conseguir dar a volta ao resultado num jogo tão difícil.

As emoções são difíceis de descrever, é difícil encontrar palavras, mas é a realização de um sonho. Ambicionávamos chegar à equipa principal, ser internacionais e jogar com os melhores do mundo. Hoje, a maioria dos meus colegas na formação está comigo aqui na seleção AA. É um projeto, um acreditar em estar neste palco e desfrutar destes momentos, que são únicos.”