Neste domingo, as duas maiores equipes de futsal atualmente no país se enfrentaram na final da Taça Brasil de Futsal pela segunda vez consecutiva. Para fazer a melhor descrição do que foi esta grande final em Joinville é necessário parodiar uma frase comum do Real Madrid: 40 minutos no Cau Hansen é muito tempo.

Nos bastidores, a postura que o Magnus iria tomar era de jogar sem pressão para vencer por não estar jogando em casa. Dessa forma, começaram o jogo leve e foi trágico para o Joinville. Com 48 segundos de jogo, Leandro Lino abriu o placar para o Magnus após um passe errado de Pepita na defesa.

O Joinville começou a entrar no jogo a partir da expulsão de Djony e Genaro, aos sete minutos. Joinville e Magnus tem um histórico de confusão. Em 2021, pela quarta de final da Liga Nacional, Djony deu uma entrada em Renatinho e fez o ala perder o restante da temporada por conta de uma séria lesão.

Atrás no placar, o Joinville foi para cima com o embalo dos mais de 3 mil torcedores no Centreventos Cau Hansen. Depois de tanto pressionar, o empate veio aos 14 minutos em jogada de falta, onde Xuxa colocou a bola para dentro e inflamou o ginásio para o segundo tempo.

A etapa final iniciou com o Joinville pra cima do Sorocaba e logo no primeiro minuto, Dieguinho virou o placar em um chute cruzado, sem chances para Françoar. O Cau Hansen foi à loucura.

O Magnus só conseguiu uma grande defesa de Jaime aos sete minutos. Porém, o Joinville não deixou o time visitante curtir a festa e, no minuto seguinte, Dani Shiraishi faz grande jogada na lateral esquerda, corta para o meio e finaliza para aumentar a vantagem. Segundos depois, Caio rouba a bola, finaliza e, no bate-rebate, Pepita aparece para garantir o quarto gol do Joinville

Após o 4 a 1, o Magnus utilizou Ernesto e Lino como goleiro-linha, mas apesar da pressão, a primeira grande defesa de Jaime foi aos 13 minutos. Três minutos depois, Rodrigo deixou o dele, mas não foi suficiente.

Faltando quatro minutos para o fim, o Joinville só precisou se defender bem e controlar os espaços para garantir o tricampeonato na Taça Brasil de Futsal.

— Vivi um 2021 difícil demais, e nesse ano eu precisava lavar a alma. Venho trabalhando muito para chegar nesse momento sem lesões, ao contrário da última Taça Brasil. Tive uma dor no final, mas nesse momento a gente tem que levar como dá. Sou privilegiado de estar aqui com essa camisa, eu amo de paixão esse time. Ver essa torcida feliz é o que nos move. Agora temos tudo nas mãos para sair campeão de tudo nessa temporada, está mais do que provado que podemos ganhar de qualquer um — diz Xuxa, capitão do Joinville, ao ge Santa Catarina.

Após a quarta rodada da Taça Brasil de Futsal, o Joinville passou a ser comandado por Vandré da Costa porque o técnico Paulinho Gambier precisou se afastar devido a recomendação médica. Não foram informados os detalhes da situação, mas o profissional compareceu na festa dos campeões.

— A responsabilidade de substituí-lo no meio da competição foi muito grande, mas a gente estava muito em sintonia e ele mesmo disse estar tranquilo por eu ter tomado o lugar dele. Estávamos devendo um título de expressão, já que somos um clube que investe tanto. Todos que passaram aqui tem contribuição nisso. O principal é que o Paulinho melhore — afirma Vandré ao ge SC.

A Taça Brasil de Futsal retorna a Santa Catarina após cinco anos. Em 2017, o Joinville foi o último catarinense campeão e agora soma três títulos. Inclusive, foi a primeira vez que o time venceu em casa. Em 2012, Joinville foi sede, mas o time perdeu para o Minas na final.