Taís Magalhães

Ferrão, pivô da seleção brasileira de futsal. Foto: Taís Magalhães

A temporada do futsal espanhol não para no final de ano, mas ao menos permite algum tempo livre para rever amigos. Na véspera de Natal, Ferrão marcou presença no jogo beneficente organizado por Vitor Ruas, ex-jogador que reside em Barcelona e é próximo de Ronaldinho Gaúcho.

Antes, na noite de quinta-feira, Ferrão fez um gol na vitória do Barcelona, fora de casa, por 3 a 1 sobre o Levante. A equipe catalã, que na quarta-feira receberá o Ribera Navarra, manteve a liderança isolada da liga espanhola.

Em entrevista ao ESPN.com.br, o brasileiro fez um balanço de como foi o ano de 2021. “Teve um sabor agridoce. Conseguimos ganhar a liga espanhola com o Barça, mas perdemos a Champions League. Tive a honra de jogar o Mundial pela seleção e o privilégio de ser o artilheiro, mas a gente não conseguiu ganhar. Sabemos que o esporte é assim. Agora é preparar para os próximos objetivos”.

Entre eles está a Copa América, que será disputada no Rio de Janeiro, de 29 de janeiro a 6 de fevereiro. Por conta disso, a seleção realizou um período de treinamentos em dezembro, em Sorocaba (interior paulista), sob o comando do técnico Marquinhos Xavier.

“Tivemos esses treinos para melhorar algumas coisas que às vezes a gente não tem tempo de treinar quando temos jogos e competição. Foi um período muito válido. Agora é pensar já na Copa América”, disse o melhor jogador de futsal do mundo de 2019 e 2020.

O Brasil conheceu nesta semana os adversários na fase de grupos: Uruguai, Colômbia, Equador e Chile. “O grupo ficou bom e vai ser concorrido. Sabemos que hoje em dia não tem seleção boba. Antigamente a gente ia jogar uma Copa América e sabia que seria muito mais fácil: era Brasil e Argentina. Hoje em dia todo jogo é guerra”, analisou o pivô.

Brasileiros e argentinos se enfrentaram recentemente na semifinal da Copa do Mundo, em setembro, na Lituânia. Ferrão anotou um gol, mas não impediu a derrota por 2 a 1. A seleção terminou com o 3º lugar, enquanto o pivô foi o artilheiro do mundial, com 9 gols. Ainda assim, na hora de escolher um presente de Natal, o brasileiro já pensa na próxima próxima taça a disputar.

“Ficou aquele saborzinho contra a Argentina. Temos a oportunidade agora. Não sabemos se vamos cruzar com eles, mas temos a possibilidade de ganhar a Copa América. Brasil e Argentina são os dois grandes favoritos. Então, o presente de Natal seria ser campeão da Copa América”.