Neto Cajaíba
Fabiano Girardi: “A lesão vai ocorrer. É inevitável. Porém, um diagnóstico e bom prognóstico podem gerar um retorno mais rápido do jogador”.

Durante 2022, o Marreco registrou 15 lesões. O número é próximo da média dos clubes da Liga Nacional de Futsal (LNF) – 15,6. Os registros mais comuns na equipe beltronense foram problemas musculares, ligamentares e entorses.

Teste de alto padrão para prevenção

Buscando diminuir o número de atletas machucados, o Marreco investiu, durante a pré-temporada, no teste dinamômetro isocinético. O procedimento foi realizado nas primeiras semanas de trabalho, na Unimed de Chapecó (SC).

Conforme o fisioterapeuta Fabiano Girardi, o teste consiste em apurar a força que os jogadores possuem em cada grupo muscular. “É um teste ‘padrão ouro’. A gente consegue comparar a força de cada grupo muscular, o membro inferior direito com o esquerdo, a força da musculatura do joelho, quadríceps e parte posterior da coxa”, explica o fisioterapeuta.

Ainda conforme o profissional, através do dinamômetro consegue-se encontrar as fraquezas e desequilíbrios musculares e trabalhar de acordo com a individualidade de cada atleta, pra ganhar força e minimizar o risco de lesões.

A temporada passada marcou a retomada dos formatos tradicionais das competições no futsal brasileiro. A Série Ouro voltou a ter a primeira fase com turno e returno, enquanto a LNF retornou com grupo único e 21 rodadas. O aumento no número de partidas influenciou na quantidade de lesões: crescimento de 37% levando em conta dados de todos os clubes que integram a competição nacional.

Em 2021, o Marreco disputou 49 jogos, enquanto no ano seguinte entrou em quadra 68 vezes – aumento de 27,9% nos compromissos. Segundo Fabiano Girardi, na temporada passada as situações mais graves registradas na equipe beltronense foram do fixo André e do ala Rodrigo Lolatto.

O primeiro, sem atuar desde julho, passou por cirurgia e está em reta final de recuperação. Também operado, Lolatto já havia ficado 11 meses fora das quadras tratando de um problema no joelho, retornou nos primeiros compromissos de 2022, mas ficou afastado novamente desde julho.

“Aí entra a importância dos trabalhos preventivos. A lesão vai ocorrer. É inevitável. Porém, um diagnóstico e bom prognóstico podem gerar um retorno mais rápido do jogador”, avalia Fabiano Girardi.

Lesões na LNF

2018 – 12,1 de média (219 casos/18 equipes);

2019 – 12,8 de média (193 casos/15 equipes);

2020 – 12,4 de média (261 casos/21 equipes);

2021 – 12,5 de média (239 casos/19 equipes);

2022 – 15,6 de média (329 casos/21 equipes).