Em 2018, o estado do Paraná finalmente teve o seu primeiro campeão da Liga Nacional de Futsal. Fundado em 2010, o Pato deu a volta olímpica em Erechim-RS depois de superar o Atlântico numa decisão dramática. Vitorioso na partida de ida em Pato Branco-PR, o time do técnico Sérgio Lacerda levou 4 a 2 dos gaúchos no jogo de volta, o que forçou a prorrogação. No tempo extra, vitória do Pato por 2 a 1 com o ala Di María marcando o gol do título.

Neste sábado, às 13h, o SporTV reexibirá a partida disputada no dia 9 de dezembro de 2018. O jogo será o 19° episódio da série Especial SporTV Futsal.

– Estávamos com dificuldade no goleiro-linha. Mas deu tudo certo. Achei o gol. Sensacional. Esse grupo merece. Fomos chegando passo a passo. Mais uma conquista para nosso plantel. Agora é comemorar – disse Di María logo depois da final.

Nasce um time copeiro

Com uma base formada por Djony, Batalha, Ernandes, Rodriguinho, Well, Di María, Danilo Baron, Alemão e Neguinho, o Pato fez a quarta melhor campanha da primeira fase da LNF 2018. Dono de uma torcida fanática, o time de Pato Branco-PR passou a mostrar a sua força a partir do mata-mata, quando despachou o arquirrival Marreco nas oitavas (vitórias por 4 a 2 e 3 a 2), o poderoso Corinthians nas quartas (1 a 1 e 4 a 2) e o Sorocaba, do craque Falcão, na semi (3 a 3 e 2 a 2, com vitória paraenense por 3 a 1 na prorrogação.

Restava a decisão contra o Atlântico, que também buscava o seu primeiro título de Liga Nacional. Por conta da melhor campanha do rival, a partida de ida foi em Pato Branco. E os comandados do técnico Sérgio Lacerda não deram chances os gaúchos. Com gols de Di María (dois), Lucas (contra), Alemão, Ernandes e Djony, o Pato fez 6 a 0 no dia 3 de dezembro de 2018, ficando a um empate do título.

Maurício Moreira

Pato campeão da LNF 2018. Foto: Maurício Moreira

Di Maria relembra o título 

Batalha relembra a conquista do Pato

Danilo Baron relembra o título 

Ernandes fala sobre a conquista 

Drama em Erechim

Só que o Atlântico foi outro na partida de volta. Empurrado por sua torcida, o time de Erechim abriu 1 a 0 aos sei

s minutos da decisão, quando Silva chutou cruzado, e Keké desviou para a rede. Dois minutos depois, o mesmo Keké recebeu lançamento primoroso de Café, dominou no peito e tocou por cima de Djony para fazer 2 a 0.

O Pato não se entregou e conseguiu diminuir na sequência. Em jogada de escanteio, Alemão foi mais rápido que a defesa adversária, desviando na saída de Careca.O jogo seguiu movimentado pelos minutos seguintes e, a dois minutos do intervalo, Café ampliou para 3 a 1 em chute que contou com desvio em Batalha.

Maurício Moreira

Keké faz gol por cobertura na final da LNF. Foto: Maurício Moreira

O segundo tempo começou com o time gaúcho ampliando logo em seu primeiro ataque. O autor do gol foi Selbach, completando passe na segunda trave. Aos quatro minutos, o Pato descontou com Ernandes, mostrando que ainda estava vivo na partida. Com Djony adiantado, o time paraense foi para o tudo ou nada em busca do empate, mas acabou esbarrando no bom bloqueio defensivo do Atlântico.

Com o placar final dos 40 minutos definido em 4 a 2, as emoções ficaram reservadas para a prorrogação.

Vitória na prorrogação

Precisando vencer na prorrogação para ser campeão, o Pato iniciou o tempo extra indo para cima. A ousadia dos paranaenses foi premiada, pois Ernandes, de carrinho, abriu o placar logo no primeiro minuto. Aos três, Neguinho arrancou pela esquerda e encheu o pé. Careca voou no ângulo, jogando a bola para escanteio.

Empurrado por sua torcida, o Atlântico conseguiu o empate no fim do primeiro tempo, após voltar a dominar as ações do jogo. O gol foi marcado por Café em cobrança de tiro livre direto.

Maurício Moreira

Jé recebe a marcação de Batalha na final da LNF. Foto: Maurício Moreira

Veio o segundo tempo, e a partida seguiu dramática. Well perdeu um gol feito com 40 segundos jogados. Com Ernandes como goleiro-linha, o Pato passou a jogar todo na quadra de ataque. Aos três, Keké teve a chance de matar o jogo, mas foi desarmado no momento do arremate.

A um minuto do fim, quando a torcida do Atlântico já ensaiava o grito de “é campeão”, Di María recebeu na frente, cortou um marcador e tocou com categoria para marcar o gol do título. O Atlântico ainda tentou a reação, mas já era tarde. Na última jogada da partida, Silva arriscou de fora da área, e Djony fez a defesa bem no estouro do cronômetro. Festa paranaenses em solo gaúcho.