Enquanto o futsal aguarda por tempo indeterminado surgir na lista dos esportes olímpicos, outra espera terminou. A igualdade de estrutura para a Seleção Brasileira oferecida na Granja Comary, no Rio de Janeiro, chamou a atenção até para os mais experientes do grupo dos 16 jogadores convocados por Marquinhos Xavier.

Djony, 36 anos, volta a vestir a amarelinha em um momento importante da carreira. São três títulos seguidos de LNF, dois pelo Pato e um pelo Magnus, onde está atualmente. O jogador aproveita a oportunidade de estar rodeado de talentos e não pensa em outra coisa a não ser trazer o título da Copa do Mundo na Lituânia.

Thais Magalhães/ CBF

Goleiro Djony durante o treino da Seleção Brasileira de Futsal. Foto: Thais Magalhães/ CBF

Como foi a preparação, pela primeira vez na Granja Comary?

A estrutura lá é uma coisa que particularmente eu não conhecia. O futsal no Brasil está muito aquém da estatura que a CBF pode proporcionar para as seleções de base e para a principal. Nós do futsal, conseguindo usá-la, é um passo muito grande. É algo que vínhamos sonhando há muito tempo. Eu já fui para a Seleção em outros momentos, mas agora utilizamos estrutura de excelência com aparelhos de última geração. Os apartamentos também são muito bons. Tudo perfeito e nós já merecíamos estar nesse patamar há muito tempo.

Como é a briga pela titularidade em uma posição tão disputada na Seleção?

A Seleção tem os melhores, os preferidos do treinador e da comissão técnica. É um nível muito alto. Mesmo que não tenhamos o título do último mundial, o futsal brasileiro é quem tem a melhor matéria prima. São três goleiros de altíssimo nível. O Guitta vem sendo um dos principais goleiros do mundo em um patamar acima, um excelente profissional. Venho de uma sequência boa com o tricampeonato da LNF, a Liga mais difícil do mundo pelo equilíbrio. E o Willian é um grande goleiro, de uma geração mais nova, um cara que no futuro deve assumir a posição. Com todo o respeito, vamos disputar a vaga, mas hoje o Guitta está na nossa frente, mas todos terão a sua importância. Independente quem jogar, o objetivo de todos é trazer a hegemonia do futsal para o Brasil.

Antes de pensar nos argentinos, atuais campeões, o Brasil terá que passar da fase de grupos. A Seleção está na chave ao lado de República Tcheca, Panamá e Vietnã. O Mundial inicia em setembro.