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A Seleção Espanhola vai em busca da vitória. Foto: UEFA

A equipe espanhola encara Portugal esta quinta-feira (20h00) nas semifinais do Europeu, que se disputa na Holanda, numa nova opção de vingança para acertar as contas pendentes da final há três anos na Eslovénia e a eliminação da última Copa do Mundo.

Já não está Ricardinho, o ‘Mago’ português -aposentado da sua seleção- que liderou aquela geração, mas permanece um bloco cheio de pontos fortes que se apresenta como uma grande ameaça à equipa treinada por Fede Vidal. Os espanhóis tiveram um momento de fraqueza no torneio – o empate com o Azerbaijão – mas compensaram com gols nos próximos dois jogos.

A equipe de Jorge Braz não perdeu 31 partidas oficiais desde a derrota nos pênaltis para o Irã pelo terceiro lugar na Copa do Mundo de 2016, e 32 no tempo regulamentar desde a derrota na semifinal para a Argentina naquele torneio.

Geórgia e Eslováquia sofreram na carne o melhor nível do heptacampeão europeu, grande favorito para conquistar o título continental. Um total de 20 gols a favor em quatro jogos e apenas 4 contra é o pano de fundo com que a Espanha vai para uma nova semifinal, uma rodada em que sempre esteve presente ao longo da história nas 12 edições do Campeonato da Europa.

Como dominadores do ‘Velho Continente’, ‘la Roja’ tentará recuperar a coroa depois dessa derrota final por 3-2. Desde então, eles se enfrentaram cinco vezes com quatro vitórias em amistosos para a Espanha e apenas uma para os tugas, justamente o mais importante, as últimas quartas de final da Copa do Mundo.

Assim, os pupilos de Fede Vidal têm pela frente duas revanches naquela que será – sem dúvida – a partida mais complicada em solo holandês. Ao contrário da Espanha, a seleção portuguesa venceu todos os seus jogos no Europeu e chega com Afonso Jesús como terceiro melhor marcador com quatro golos, figura que também apresenta Sergio Lozano, uma das sensações da seleção nacional.

O ‘Búfalo’ é também o segundo melhor adjunto do campeonato com quatro passes para golos, um a mais que Zicky, outra das referências em Portugal graças à sua versatilidade, além de André Coelho, jogador do Barça, que é vital no esquema dos portugueses, que disputam a quinta semifinal em sete anos.

Será uma final antecipada entre duas equipas que se conhecem perfeitamente e que procuram dar o passo quase final. O vencedor lutará pelo título contra o vencedor da outra semifinal, que também enfrenta Ucrânia e Rússia nesta sexta-feira (17h) em um confronto marcado por conotações políticas.

Desde 2014, os problemas entre os dois países fizeram com que a UEFA direcionasse seus sorteios para tentar evitar o duelo entre ambas as equipes e clubes dos dois países em torneios continentais, mas a surpreendente vitória da Ucrânia contra o Cazaquistão finalizou a travessia em clima de pré- risco de guerra entre as duas nações.

A seleção ucraniana, sem brasileiros nacionalizados em suas fileiras, como é o caso da Rússia ou do Cazaquistão, foi finalista na competição da seleção continental em 2001 e 2003, mas não chega às semifinais desde 2005.

Faz muito, muito tempo desde o único título da Rússia nesta competição, em 1999, mas seu passado na Copa do Mundo alerta qualquer rival sobre o potencial que ela possui. Foi terceiro em 2018 e neste Europeu venceu todos os seus jogos, sendo a única equipa, a par de Portugal, a fazê-lo. Seu principal jogador é Antoshkin, que tem 5 gols e 4 assistências.