A saudade do futsal é enorme, mas a distância das quadras não impede Pintinho de se preparar para a volta. O jogador do Cascavel, em Live no Instagram com o repórter João Barreto, da LNFTV e TV NSports, garantiu não ter ficado parado em nenhum momento, seguindo a cartilha de treinos do clube. No bate papo, contou um pouco da carreira e curiosidades das sete temporadas vividas no Cazaquistão.
“Eu não tinha muita noção do país. Na época em que nem whatsapp tinha. Foi pelo MSN que recebi um convite para jogar a UEFA Liga. Lá encontrei outros brasileiros que me ajudaram na adaptação na nova cultura”, relembra Pintinho, que até escolher pelo futsal, dividiu as atenções com o futebol jogado na grama.
“Jogo desde criança futsal e campo, sempre sonhei em jogar e dar certo. Joguei no América-MG no campo. Passei pelo Atlético-MG até chegar no Minas, onde tive a primeira oportunidade no profissional e jogar a Liga”, relembra.
Com passagens por várias equipes no futsal brasileiro, como Ulbra, Atlântico e Marreco, Pintinho observa que a principal diferença entre o futsal brasileiro e o jogado lá fora ainda é o calendário e a dificuldade de preparação para as partidas. No Cazaquistão, a maior adversidade foi a diferença cultural para o Brasil.
“Cultura, comida, clima e língua são fatores que o estrangeiro, senão tiver suporte, vai ter dificuldade dentro de quadra. Porque se o cara chega lá é porque tem qualidade e tem que mostrar. Hoje, o Kairat está entre os dez do mundo. O macarrão deles é sem molho, a carne era mais gordurosa. Lá eles não se alimentam antes do jogo. Comem chocolate e chá. E a gente come para não se sentir fraco em quadra”, relembra.
Da passagem pelo país, lembrou um episódio insólito. Uma viagem até a Geórgia, para jogar uma final, teve correria após suspeita de bomba no aeroporto, viagem de madrugada sem dormir, e fome saciada com sanduíches horas antes do jogo. No Brasil, não vê a hora de voltar a jogar, principalmente a LNF, pelo nível da competição.
“Aqui os ginásios são lotados, tem muita torcida, dá frio na barriga. As disputas são de alto nível. Antes da Liga começar não tem como cravar quem será o campeão. Todos os jogos são difíceis e exigem preparação”, garante Pintinho, que segue na cidade de Cascavel se preparando para o retorno da Liga.
No final da Live, escalou seu time dos sonhos, tarefa ingrata para quem rodou tanto: “Higuita, pela qualidade no gol e com os pés, fixo Douglas Júnior, além de marcador, desarma muito. Nas alas, Danilo Baron, pela inteligência em quadra, e Igor, um cara completo. Na frente o Betão, de pivô raiz”.
Semana que vem, a atração da Live da LNF será o fixo Neto, campeão mundial com a Seleção Brasileira e que, nessa temporada, irá defender o Praia Clube.